A gripe é uma das doenças respiratórias mais comuns nos meses frios do ano. Se estiver grávida ou a amamentar a gripe é uma preocupação pois além de poder ser transmitido o vírus ao feto ou ao bebé, existe também limitação na toma dos medicamentos tradicionalmente utilizados pata aliviar os sintomas. Neste artigo vamos dar-lhe a conhecer tudo o que necessita saber sobre a gripe na gravidez e amamentação.
Gripe: o que é e como se manifesta esta doença respiratória
A gripe é uma infeção respiratória provocada pelo vírus Influenza, sendo mais comum durante os meses de frio (habitualmente entre os meses de novembro a março, no hemisfério Norte).
Mas, apesar de ser uma doença respiratória comum é geralmente autolimitada. Logo, na maioria das situações ocorre um período limitado e que pode terminar sem sintomatologia grave que exija tratamento específico. Portanto, para a maior parte das pessoas, o tratamento é orientado para alívio dos sinais e sintomas. No entanto, a gripe pode evoluir para uma doença respiratória mais grave. São comuns as complicações bacterianas, sendo a mais frequente a pneumonia.
Como é transmitido o vírus influenza?
O vírus que provoca a gripe pode ser transmitido de forma direta ou indiretamente. Assim, vejamos:
- De forma direta – pelo ar, nas gotículas expelidas quando se espirra, tosse ou quando se fala. Não implicando necessariamente contacto físico para haver contágio
- De forma indireta – através de objetos contaminados por pessoas com gripe (por exemplo, as maçanetas de portas, o telemóvel, o teclado do computador ou o comando da televisão)
Logo, a melhor forma de evitar a gripe é apostar em medidas de prevenção. No entanto, há que ter em atenção que quem está infetado, mesmo que ainda sem sintomas, já pode ser transmissor do vírus. Assim, coloca em causa o sucesso de algumas das medidas de prevenção habitualmente recomendadas.
Como se manifesta a gripe?
As manifestações da gripe surgem ao fim de 2 a 4 dias após o contágio e de forma súbita:
- Arrepios
- Febre alta (38º – 40º temperatura axilar)
- Dores musculares, dores articulares e cefaleias (dor de cabeça)
- Mal-estar geral
Este sintomas comuns são muitas vezes, acompanhados da presença de tosse, ligeira dor de garganta e nariz entupido.
Nas crianças, são também frequentes as náuseas, vómitos e mesmo a diarreia. Além disso, os mais jovens apresentam-se muitas vezes prostrados (manifestação de cansaço extremo, com imobilidade e ausência de reação). Também a febre tende a ser mais elevada nas crianças e as complicações nesta faixa etária são normalmente as infeções a nível dos ouvidos (otite), devido à má drenagem das secreções nasais que favorece a multiplicação de bactérias oportunistas. Por outro lado, a boa notícia é que na maioria dos casos, os sinais e sintomas desaparecem ao fim de alguns dias. No entanto, a tosse e a fadiga, podem persistir durante 1 a 2 semanas.
Gripe na Gravidez
Em primeiro lugar, relembramos que durante a gravidez o corpo da mulher sofre alterações importantes, próprias desse período, nomeadamente ao nível do sistema imunológico, cardiovascular e respiratório. Logo, as mulheres grávidas podem estar mais suscetíveis à infeção pelo vírus Influenza e apresentar sintomatologia de gripe sazonal.
Para além das alterações descritas anteriormente, a mulher grávida está sujeita a maior número de visitas a centros hospitalares e centros de saúde, tendo por vezes um maior risco de infeção. Logo, a gripe na gravidez é uma situação comum e infelizmente causa hospitalização em alguns casos. Além disso, não é apenas a mulher grávida que sofre com a gripe pois este vírus na gravidez pode, em alguns casos, ser prejudicial para o feto em desenvolvimento.
É por isso importante, em primeiro lugar prevenir e quando tal não é possível, tratar corretamente os sintomas da gripe, especialmente durante a gravidez.
A vacinação é a melhor proteção!
Gripe na Gravidez: a importância da vacinação
Vacinar-se contra a gripe é o primeiro e mais importante passo na proteção contra as infeções deste vírus. A vacina contra a gripe protege tanto a mãe, como o feto, seja administrada durante a gravidez ou durante vários meses após o parto. É portanto sempre recomendada pela Direção Geral da Saúde. As grávidas fazem parte de um grupo prioritário para o qual se recomenda anualmente a vacinação, sendo a vacina antigripal dispensada nas farmácias, com a apresentação de receita médica e com uma comparticipação de 37%.
A vacina deve ser administrada o mais cedo possível, sobretudo nos meses em que esta é recomendada, ou seja, Outubro e Novembro. Contudo, caso seja recomendada, pode ser administrada em qualquer altura da gravidez.
Gripe na gravidez: outras medidas preventivas
Para além da vacinação, devem ser adotadas algumas medidas preventivas, para evitar a transmissão e contágio pelo vírus. Assim, caso esteja grávida tome atenção aos seguintes conselhos:
- Evite contacto com pessoas afetadas pela gripe
- Tenha bons hábitos de higiene respiratória
- Lave as mãos regularmente
- Faça uma alimentação equilibrada e rica em frutas, legumes e verduras
- Evite o stress
- Faça exercício físico (se não houver recomendação contrária da parte do médico)
Gripe na gravidez: tratamento
Existe algum tratamento que a grávida possa fazer? Esta é uma das questões comuns quando há sintomas de gripe durante a gravidez. Há tratamentos que podem ser efetuados mas, se está grávida e com sinais ou sintomas de gripe (febre, tosse, dores no corpo, dor de cabeça), deve consultar o seu obstetra ou médico de família pois a mulher grávida nunca deve tomar qualquer medicação sem a sua supervisão.
Tratamento sintomático da gripe durante a gravidez
No entanto, poderá adotar medidas que ajudam a aliviar os sintomas. Assim sendo:
- Nariz entupido: aplicar soro fisiológico ou spray de água do mar
- Dor de garganta: fazer gargarejos de água morna e sal
- Para diminuir a febre: uma toalha molhada com água morna colocada na testa pode ajudar a diminuir a temperatura corporal
- Repousar: ficar em casa pois desta forma além de evitar a contaminação de outras pessoas permite ao organismo recuperar mais facilmente
- Hidratação: ingerir líquidos, de preferência água, mas também sumos naturais sem adição de açúcar, chá, tisanas ou sopa pois estes ajudam a acalmar a irritação da garganta e a prevenir a desidratação que pode surgir associada à febre
Atenção! Muitos medicamentos podem apresentar substâncias que, numa situação normal, não trazem riscos, mas que, durante a gravidez, podem ser prejudiciais ao desenvolvimento do bebé.
O paracetamol pode ser utilizado para aliviar as dores e diminuir a febre, mas sempre nas doses mínimas necessárias e com orientação médica. A aspirina e o ibuprofeno, por exemplo, não devem ser tomados por grávidas, sem prescrição médica.
Se tiver dúvidas, não hesite, informe-se com o seu médico ou farmacêutico.
Gripe durante a amamentação
Estou a amamentar e tenho gripe! O que fazer? Posso amamentar mesmo quando estiver engripada? Duas das principais dúvidas que surgem quando a mulher está a amamentar e é contaminada pelo vírus influenza!
Em primeiro lugar, é importante saber que se estiver com gripe poderá continuar a amamentar. O seu bebé não vai contrair a doença pela passagem do vírus através do leite materno. Na verdade, o leite da mulher vai conter anticorpos que contribuem para reduzir o risco de o bebé ser infetado. Portanto, em consequência da sua doença o seu corpo produz anticorpos que ao passarem para o leite, passarão também para o bebé através da amamentação, reduzindo a probabilidade de o bebé contrair a infeção que afetou a mãe! Isto não invalida que não deva tomar precauções para evitar contaminar o bebé com as suas outras secreções (do nariz, boca e olhos). Em resumo, pode acontecer que haja uma família inteira com gripe e um bebé completamente saudável.
Conselhos para a mulher com gripe na amamentação
Por outro lado, ao estar doente e ter de continuar a amamentar a mãe pode sentir-se extremamente cansada. Lembre-se que vai precisar de cuidar de si para poder cuidar do seu bebé. Assim sendo, alguns conselhos que deve ter em atenção:
- Hidrate-se mantendo os níveis de líquidos adequados ao seu organismo
- Alimente-se bem
- Descanse – peça ajuda extra aos familiares ou amigos de forma a poder concentrar-se na sua recuperação
Além disso, uma boa higiene é importante para minimizar o risco de propagar a doença:
- Lavar as mãos com sabão antes e depois de alimentar o bebé, de preparar comida e de comer, de ir à casa de banho e de mudar as fraldas
- Tossir e espirrar para um lenço ou para a dobra do cotovelo (não para as mãos) se não tiver um lenço de papel
- Lavar sempre ou desinfetar as mãos depois de tossir, espirrar ou de se assoar
Na Farmácia Maia encontrará profissionais que a ajudam a esclarecer as suas dúvidas sobre a gripe na gravidez ou amamentação, que indicam as melhores soluções ou a encaminham para o médico, se assim se justificar.
Faça a escolha acertada, pense em Si e na sua saúde! A equipa da Farmácia Maia está disponível para a aconselhar.
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