É muito comum as pessoas sofrerem de dores lombares, ou seja, terem lombalgia. Assim sendo, a lombalgia corresponde à presença de dor na região da coluna lombar, sobretudo entre as últimas costelas e acima dos glúteos. É uma situação dolorosa que pode ser ligeira ou intensa e a sua duração ser tanto ou quanto variável. Se sofre deste tipo de dor neste artigo encontrará tudo o que precisa saber sobre a lombalgia.
Lombalgia: quem é afectado?
Alguns dados disponíveis apontam que 150 mil portugueses possam sofrer de lombalgia. Estima-se que a dor lombar afecte, pelo menos uma vez na vida, entre 65% a 80% da população. Portanto, é na actualidade uma das causas mais frequentes de incapacidade e mesmo reforma por invalidez, o que indica bem o forte impacto que tem a nível pessoal e profissional.
A dor lombar ou nas costas, é mais frequente nas mulheres, principalmente depois dos 40 anos, sendo muito mais comum a partir dos 60 anos. Segundo alguns autores, esta maior incidência deve-se à menor estatura, à menor massa muscular, à menor densidade óssea e à maior fragilidade das articulações. No entanto, sabe-se que poderá ocorrer em qualquer género e momento da vida.
3 tipos de Lombalgia
- Aguda – apresenta início súbito e duração inferior a 6 semanas
- Sub-aguda – duração entre 6 e 12 semanas
- Crónica – duração superior a 12 semanas
Em primeiro lugar, a identificação do tipo de lombalgia é importante pelo impacto que poderá ter no paciente afectado. Mas, esta é também essencial para que haja uma correta identificação das diferentes causas e dos tratamentos associados.
Quais são as causas da Lombalgia?
As causas mais comuns da lombalgia são as alterações músculo-esqueléticas, relacionadas com processos degenerativos, inflamatórios, infecciosos, tumorais, traumáticos ou posturais. Em cerca de 90% dos casos, não é possível identificar a causa referente ao aparecimento da lombalgia. Por isso, normalmente é classificada como inespecífica.
A lombalgia inespecífica ocorre sobretudo em pessoas que exercem actividades profissionais associadas a esforços físicos pesados ou repetidos, como por exemplo levantamento de pesos ou movimentos repetitivos. Logo, algumas profissões são mais susceptíveis. Habitualmente surgem vários casos em condutores de veículos de longo curso e trabalhadores de construção civil. Além destes, os trabalhadores que permanecem na posição de pé ou sentada por períodos prolongados apresentam frequentemente queixas de dor lombar.
Quais as outras causas identificadas que estão associadas às dores nas costas?
- Algumas doenças abdominais (sobretudo pâncreas e rim)
- Alterações vasculares (aneurisma de aorta abdominal, por exemplo)
- Patologias neurológicas ou resultantes de alterações nos discos intervertebrais
- Má postura ao sentar, deitar, permanecer de pé ou até a levantar objectos pesados;
- Lesões, distensões e fracturas
- Stress e outras causas de origem psicológica
- Doenças congénitas ou adquiridas, como ciática, osteoporose, artrite reumatóide, fibromialgia, espondilite, hérnia discal, …
- Infecções
- Tumores na coluna (raros)
- Obesidade
- Mau desenvolvimento da massa muscular
Uma vez que as causas podem ser por distintas, o tipo de dor pode também variar. Assim, este tipo de dor pode ter um início lento ou repentino bem como ser intermitente ou constante. Normalmente, a dor é mais forte na posição sentada e o paciente sente alívio quando a se encontra na posição horizontal.
Como se manifesta a lombalgia?
Em resumo, a lombalgia manifesta-se como uma dor, desconforto ou tensão nas costas. A sua intensidade é variável, ainda que possa mudar ao longo do dia seja com o movimento, posição ou actividade. A sua localização normalmente é na zona central das costas embora possa também ser na zona lateral ou até mais difusa.
Outros sintomas possíveis associados à dor lombar:
- Rigidez
- Dor irradiada para as nádegas, virilha ou pernas
- Ciática
- Adormecimento ou alterações da força
Por último, é importante salientar que no caso de dores lombares que se prolongam no tempo com febre, arrepios, ou perda de peso são sinais de alarme.
Se for o seu caso, deve procurar um médico de imediato!
Diagnóstico da Lombalgia: como se efectua o diagnóstico?
Normalmente, o diagnóstico é evidente na maioria das situações, sendo que na dor aguda não são habitualmente necessários exames adicionais. Contudo, em caso de ausência da resolução dos sintomas e situações como por exemplo, traumatismo, febre ou emagrecimento, serão então solicitados exames auxiliares de diagnóstico.
Estes exames complementares são seleccionados em função da história clínica e do exame médico do paciente e poderão consistir em estudos de imagem e/ou estudos laboratoriais.
As radiografias (RX) podem mostrar diversos sinais de artrose da coluna, mas a utilidade deste exame é limitada uma vez que estas alterações estão presentes na maioria das pessoas, mesmo que estas estejam assintomáticas. Logo, dependendo do exame clínico pode ainda ser necessário que o médico requisite análises sanguíneas e outros exames complementares como, por exemplo, a tomografia computorizada (TAC), a ressonância magnética da coluna (RMN) e a cintigrafia óssea ou a densitometria óssea (DEXA).
Relativamente aos exames adicionais, como por exemplo a osteodensitometria, poderão ser solicitados com o intuito de avaliar a presença de osteoporose, outro dos factores que contribui para a lombalgia. Por si só, a osteoporose não causa lombalgia, mas aumenta o risco de fracturas da coluna e dor.
Como se trata a dor lombar?
O tratamento não cirúrgico é o mais indicado na maioria das situações e por norma, o tratamento é eficaz. Se bem que a maior parte das lombalgias se resolvem recorrendo a medidas de auto-cuidado e a medicamentos sintomáticos.
8 dicas de tratamento da lombalgia
1- Aplicação de calor
Colocar um saco de água quente alivia a dor relaxando os músculos e promovendo a circulação sanguínea. Cada aplicação não deve ser superior a 20-30 minutos.
2- Massagens
Utilizar para o efeito um creme, pomada ou gel próprio, à venda na Farmácia.
3- Repouso
Por um ou dois dias no máximo, período após o qual se devem retomar progressivamente as actividades habituais.
4- Medicamentos
O médico ou farmacêutico podem ajudar a escolher a solução mais adequada que pode passar quer pela toma de analgésicos para o alívio da dor, quer por anti-inflamatórios para reduzir a inflamação. Por vezes, há necessidade de utilizar relaxantes musculares.
5- Fisioterapia
Incluindo aplicação de calor, gelo, massagem, ultra-sons ou electro-estimulação. O reforço muscular activo, e o treino cardiovascular estão igualmente indicados.
6- Coletes ou ortóteses lombares
São úteis para alguns doentes, mas provocam descondicionamento muscular pelo que não devem ser usados sistematicamente.
7- Osteopatia
A Osteopatia é um sistema de avaliação e tratamento que visa restabelecer a função das estruturas e sistemas corporais, agindo através da intervenção manual sobre os tecidos (articulações, músculos, fáscias, ligamentos, cápsulas, vísceras, tecido nervoso, vascular e linfático). O campo de tratamento da osteopatia é muito amplo pois abrange todo o corpo humano. Pode tratar as doenças mais frequentes, nomeadamente ciática, lombalgia, dorsalgia, cervicalgia, escoliose, hérnia discal e torcicolo. Por outro lado, podem também resolvidas recorrendo à osteopatia situações como entorses, tendinites, epicondilites, síndromes do túnel cárpico, dores nos ombros, problemas da articulação temporo-mandibular (ATM) e tensões e contracturas musculares.
8- Quiroprática
A Quiroprática é uma terapia que actua através de testes e ajustes nas articulações da coluna vertebral, normalizando portanto o seu posicionamento, restabelecendo a sua adequação biomecânica e libertando o sistema nervoso de toda a possível interferência. O profissional exerce com as suas mãos sem utilizar medicamentos nem intervenções invasivas. Esta prática, ajuda não só a tratar dores na coluna lombar, mas também dores no pescoço, dores generalizadas e tensão muscular, problemas nas articulações do ombro, cotovelo, punho, joelho, tornozelo e dores de cabeça.
Determinados pacientes podem beneficiar de intervenções minimamente invasivas como infiltrações articulares, bloqueios nervosos ou radiofrequência.
Por último, a cirurgia, envolvendo a fusão de segmentos vertebrais ou substituição de discos intervertebrais (prótese ou artroplastia de disco), só está indicada em último caso. Como regra, só deve ser ponderada no período entre 6 meses a um ano após o início dos sintomas. Além disso, a hipótese cirúrgica apenas deve ser equacionada quando se sabe especificamente qual a causa da lombalgia.
Como se previne a Lombalgia?
Embora não seja possível evitar por completo a lombalgia, podemos adoptar diversas atitudes que reduzem o seu impacto no dia-a-dia.
O que fazer para prevenir as dores nas costas?
- Exercício Físico – Combinando treino cardiovascular, como por exemplo a caminhada, corrida, bicicleta, com reforço da musculatura postural bem como alongamentos bem executados. Para este efeito, é recomendado fazer Pilates, Yoga, core strengthening. Contudo, é importante que antes de qualquer actividade física, faça os adequados exercícios de aquecimento.
- Dieta equilibrada e variada.
- Evitar o tabaco.
- Manter uma postura correcta, em pé, sentado ou ao levantar objectos.
- Evitar ficar demasiado tempo sentado ou em pé na mesma posição. É recomendado a cada hora fazer pequenos exercícios de mobilização e relaxamento muscular.
- Distribua o peso por ambos os pés se estiver de pé.
- Use calçado confortável.
- Prefira dormir deitado de lado com uma almofada entre os joelhos ou de costas colocando a almofada por baixo dos joelhos.
- Evite colchões demasiado moles. Se necessário, coloque um estrado adequado por baixo do colchão.
- Não levante ou carregue objectos demasiado pesados.
- Ao levantar objectos, nunca dobre as costas, mas sim os joelhos e levante-se com o impulso das pernas.
Na farmácia Maia encontrará a ajuda necessária não só na orientação do tratamento como também no seguimento e procura da melhor solução para a sua dor. Conheça as nossas sugestões e visite-nos!
Sugestões da Farmácia Maia para as dores lombares:
Voltaren 25mg – Cápsula mole que contém a substância activa diclofenac num líquido que é absorvido pelo corpo exercendo a sua acção analgésica e anti-inflamatória na origem da dor.
Pranarom Roll-on Articulações Cansadas – gel de massagem não gordo indicado em casos de rigidez, músculos entorpecidos e dores musculares.
Voltaren Termic – proporciona até 8 horas de calor terapêutico localizado. Emplastro fino, autocolante e sem odor que relaxa os músculos e alivia a dor sem recurso a substâncias químicas.
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